Na sua génese, o Arquivo do Romanceiro em Português alberga dois núcleos documentais: o “Arquivo do Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho e Tradicional. Versões Inéditas” (constituído pelo arquivo sonoro do romanceiro e suas transcrições em papel) e o “Arquivo Geral do Romanceiro Português. Versões editadas (1828-2000) (constituído por versões em papel). Atualmente, acolhe cerca de 6.000 versões de romances da tradição oral moderna portuguesa publicadas entre o século XIX e o século XXI e mais de 3.500 versões inéditas em 660 horas de gravação, fruto de recolhas levadas a cabo em território nacional desde 1980. No total, disponibilizam-se perto de 10.000 versões de romances (em suporte de ficheiro de imagem e/ou sonoro).
Com a constituição destes dois grandes repositórios, Portugal viria a ser o primeiro país a possuir um grande inventário de uma tradição baladística, e com eles novas metodologias filológicas têm vindo a ser esboçadas, em trabalhos académicos de mestrado e doutoramento, nacionais e internacionais. Na realidade, a consulta deste grande arquivo contribui para uma visão sistemática e organizada desta forma poética em Portugal mas também na compreensão da baladística como fenómeno universal.